A
educação ambiental vem abrangendo cada vez mais o cotidiano das pessoas, seja
no ambiente de trabalho, na escola, na comunidade ou até mesmo dentro de casa.
Cada vez mais políticos e empresários utilizam essas ingênuas palavras em seus
discursos e propagandas, tentando passar uma imagem de sujeitos ecológicos na
sociedade. Mas infelizmente a população não está situada do quão complexo é a
definição de educação ambiental. A maioria restringe educação ambiental à
cuidados com a natureza e gentilezas com o ser humano.
A
expressão educação ambiental passou a ser usada como termo simplista para “boas
práticas ambientais” ou “bons comportamentos ambientais”. Acredita-se na
maioria das vezes que uma boa intenção ambiental pode silenciar os sinais de
falência de todo um modo de vida. Mas felizmente, na prática essa “boa
intenção” não funciona muito bem. A modernidade tecnológica e prática fez com
que o ser humano se voltasse completamente para bens materiais, excedendo assim
sua carga horária de trabalho, para aquisição dos mesmos. Com isso, o ambiente
ao seu redor foi deixado completamente de lado, esquecido, e quando, aos
poucos, começar a ser observado virá o desespero de uma população
ecologicamente pobre, pedindo socorro pois haverá começado uma crise ambiental.
Para
a formação de sujeitos ecológicos é preciso construir uma educação ambiental
crítica. Ela implica em uma visão de educação como processo de humanização,
transformando o sujeito humano enquanto ser social e historicamente situado. A
educação ambiental crítica procura compreender as relações entre sociedade e
natureza, intervindo nos problemas ambientais, buscando uma mudança de valores
e atitudes para formar um sujeito ecológico capaz de identificar e
problematizar as questões socioambientais e agir sobre elas.
Primordialmente,
para exercer uma educação ambiental crítica o indivíduo deve romper a barreira
entre a educação ambiental formal e não formal. A educação ambiental formal
restringe-se aquela aprendida na escola, com o educador, já a não-formal é
ensinada em casa, na comunidade. O correto seria uma só, ou a junção das duas.
Não adianta aprender na escola se ao chegar em casa os familiares sequer falam
sobre o assunto. Se a barreira entre o formal e o informal fosse rompida, o
indivíduo não teria tempo para se esquecer dos conceitos de educação ambiental,
com isso os colocaria em prática.
É
indispensável dentro de educação ambiental a discussão entre agir e
comportar-se. O hábito moderno faz com que o sujeito se comporte ao invés de
agir. O comportamento acabou substituindo qualquer forma de ação humana. O
indivíduo se acomodou em impor padrões, esperando certos tipos de
comportamentos, fazendo com que a ação realmente necessária fosse esquecida.
Após
todo o estudo sobre educação ambiental, observa-se que é necessário que aja uma
contribuição para a transformação dos atuais padrões de uso dos recursos
naturais, buscando formas mais sustentáveis, justas e solidárias com a
natureza. A atuação no ambiente escolar e não escolar, provocando questões,
situações de aprendizagem e desafios para a participação na resolução de
problemas, a fim de articular a escola com os ambientes locais e regionais onde
está inserida é outra forma de se estabelecer uma educação ambiental crítica.
Deve-se
ter em mente que o ponto-chave em uma correta educação ambiental crítica está
no educador. Este por sua vez, é responsável pela mediação de relações
socioeducativas, coordenação de ações, pesquisas e reflexões que possibilitem
novos processos de aprendizagem sociais, individuais e institucionais. É por
este motivo que o educador deve ser muito bem instruído, pois será ele, que
mesmo com a quebra da barreira entre a educação ambiental formal e não-formal,
servirá de referência ao indivíduo, seja na escola, seja na comunidade.
Se
cada um fizer a sua parte, sem ficar pensando que será pouco, haverá muitos
sujeitos ecológicos tomando conta desse planeta que foi sombreado pela razão
científica objetificadora.
Discentes:
Eula Abreu
Gustavo Justino
Janaína Prado
Jean Michel Valente
Lillian Cristinne
Thaís Telles