quinta-feira, 28 de novembro de 2013

EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA


A educação ambiental vem abrangendo cada vez mais o cotidiano das pessoas, seja no ambiente de trabalho, na escola, na comunidade ou até mesmo dentro de casa. Cada vez mais políticos e empresários utilizam essas ingênuas palavras em seus discursos e propagandas, tentando passar uma imagem de sujeitos ecológicos na sociedade. Mas infelizmente a população não está situada do quão complexo é a definição de educação ambiental. A maioria restringe educação ambiental à cuidados com a natureza e gentilezas com o ser humano.
A expressão educação ambiental passou a ser usada como termo simplista para “boas práticas ambientais” ou “bons comportamentos ambientais”. Acredita-se na maioria das vezes que uma boa intenção ambiental pode silenciar os sinais de falência de todo um modo de vida. Mas felizmente, na prática essa “boa intenção” não funciona muito bem. A modernidade tecnológica e prática fez com que o ser humano se voltasse completamente para bens materiais, excedendo assim sua carga horária de trabalho, para aquisição dos mesmos. Com isso, o ambiente ao seu redor foi deixado completamente de lado, esquecido, e quando, aos poucos, começar a ser observado virá o desespero de uma população ecologicamente pobre, pedindo socorro pois haverá começado uma crise ambiental.
Para a formação de sujeitos ecológicos é preciso construir uma educação ambiental crítica. Ela implica em uma visão de educação como processo de humanização, transformando o sujeito humano enquanto ser social e historicamente situado. A educação ambiental crítica procura compreender as relações entre sociedade e natureza, intervindo nos problemas ambientais, buscando uma mudança de valores e atitudes para formar um sujeito ecológico capaz de identificar e problematizar as questões socioambientais e agir sobre elas.
Primordialmente, para exercer uma educação ambiental crítica o indivíduo deve romper a barreira entre a educação ambiental formal e não formal. A educação ambiental formal restringe-se aquela aprendida na escola, com o educador, já a não-formal é ensinada em casa, na comunidade. O correto seria uma só, ou a junção das duas. Não adianta aprender na escola se ao chegar em casa os familiares sequer falam sobre o assunto. Se a barreira entre o formal e o informal fosse rompida, o indivíduo não teria tempo para se esquecer dos conceitos de educação ambiental, com isso os colocaria em prática.
É indispensável dentro de educação ambiental a discussão entre agir e comportar-se. O hábito moderno faz com que o sujeito se comporte ao invés de agir. O comportamento acabou substituindo qualquer forma de ação humana. O indivíduo se acomodou em impor padrões, esperando certos tipos de comportamentos, fazendo com que a ação realmente necessária fosse esquecida.
Após todo o estudo sobre educação ambiental, observa-se que é necessário que aja uma contribuição para a transformação dos atuais padrões de uso dos recursos naturais, buscando formas mais sustentáveis, justas e solidárias com a natureza. A atuação no ambiente escolar e não escolar, provocando questões, situações de aprendizagem e desafios para a participação na resolução de problemas, a fim de articular a escola com os ambientes locais e regionais onde está inserida é outra forma de se estabelecer uma educação ambiental crítica.
Deve-se ter em mente que o ponto-chave em uma correta educação ambiental crítica está no educador. Este por sua vez, é responsável pela mediação de relações socioeducativas, coordenação de ações, pesquisas e reflexões que possibilitem novos processos de aprendizagem sociais, individuais e institucionais. É por este motivo que o educador deve ser muito bem instruído, pois será ele, que mesmo com a quebra da barreira entre a educação ambiental formal e não-formal, servirá de referência ao indivíduo, seja na escola, seja na comunidade.
Se cada um fizer a sua parte, sem ficar pensando que será pouco, haverá muitos sujeitos ecológicos tomando conta desse planeta que foi sombreado pela razão científica objetificadora.

Discentes:
Eula Abreu
Gustavo Justino
Janaína Prado
Jean Michel Valente
Lillian Cristinne
Thaís Telles

Ter comportamento ambiental não significa que haja atitude ambiental




                   Uma atitude ecológica poderia ser definida em seu sentido mais amplo, como a adoção de um sistema de crenças, valores e sensibilidades éticas e estéticas segundo os ideais de vida de um sujeito ecológico.
            Quando falamos em atitude devemos diferenciá-la da noção de comportamento, muito frequentemente os sujeitos podem se comportar em dissonância total ou parcial de suas atitudes. Determinada pessoa pode cultivar uma atitude ecológica, mas por vários motivos seguir mantendo hábitos e comportamentos nem sempre em conformidade com esses ideais.
            Muitas vezes os alunos se comportam de acordo com a expectativa do professor, mas para agradá-lo, e com isso obter uma gratificação afetiva imediata, do que por acreditarem nas razões daquele comportamento.
            As atividades de EA ensinam o que fazer e como fazer certo, transmitindo uma série de procedimentos ambientais corretos. Mas isso nem sempre garante a formação de uma atitude ecológica, isto é de um sistema de valores sobre como relacionar-se com o ambiente.
            O grande desafio da EA é, pois ir além da aprendizagem comportamental, engajando-se na construção de uma cultura cidadã e na formação de atitudes ecológicas. A formação de atitude orientada para a cidadania ecológica vai gerar novas predisposições para ações e escolhas por parte das pessoas. Nesse caso mais do que apenas de comportamentos isolados, estaremos em face de um processo de amadurecimento de valores e visões de mundo mais permanentes. Sendo assim esse pensamento nos leva a refletir sobre a tória da psicologia,  a orientação comportamental que aposta em um sujeito racional  capaz de expressar motivações tendo acesso também à informações.
            Outro ponto interessante é pensar sempre em  um sujeito  que possui  bagagem social e cultural, ou seja, valores que se  constroem  historicamente, tentando levar isso em  consideração  no processo de ensino- aprendizagem. Buscando despertar no individuo aquilo que já chamamos de atitudes, afim não só de benefícios próprios,  uma vez que  o social e cultural não se dá individualmente. Pensando nesta perspectiva pode-se refletir que não só na prática da EA, mas sim em todos os aspectos a cultura do individuo deve ser levada em consideração e é a partir dela que se pode construir/conhecer/partilhar conhecimentos a fim de buscar valores que realmente condiz com a realidade, capacitando e formando pessoas mais criticas capazes de adquirir verdadeiras atitudes e não meros comportamentos.
Autores: Marjorie, Átila, Eduardo, Idelson e Dayane Ferreira.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO DEBATE DAS IDÉIAS: ELEMENTOS PARA UMA EA CRÍTICA



É necessário mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável, a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos, ou seja, podemos utilizar os recursos renováveis que a natureza colocou à nossa disposição, mas de tal forma que as próximas gerações também possam usufruir destes mesmos recursos.

Entende-se, legalmente, por Educação Ambiental como sendo: os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

A educação ambiental é subdividida em: a) formal e b) Informal ou também chamada de (não-formal).

A EA formal, entende-se que é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino, públicas e privadas, englobando: educação básica, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, também na educação superior, na educação especial, na educação profissional e na educação de jovens e adultos.




Os cursos formais de Educação Ambiental devem abranger matérias básicas como: Biologia Geral, Biologia Sanitária, Ecologia, Ecologia Vegetal, Epidemiologia, Saúde Pública, Nutrição, Direito Ambiental, Etnologia Indígena, Geografia, Geologia, Engenharia Sanitária, Qualidade do Ar e do Solo, Estatística, Energia, Transportes, Urbanismo e outras matérias úteis à compreensão do tema, e cada curso terá o seu currículo em função das necessidades locais.

Por educação não-formal, como sendo: as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.



A Educação Ambiental (EA) tem sido ao longo dos anos um instrumento e crucial no processo de mudança de valores, atitudes e comportamentos tendentes à diminuição dos problemas ambientais, cada vez mais sentidos e reconhecidos como uma ameaça real para o planeta e, deste modo, para o bem-estar e qualidade de vida dos seres humanos. A EA é promovida não só pelo sector formal da educação, mas também pelo sector não formal, cuja atividade é fundamental ter em conta quando se fala numa formação integrada e permanente. Os centros de recursos de educação ambiental são recursos de EA não formal que organizam projetos e programas de atividades muitas vezes dirigidos às escolas, promotoras de Educação Ambiental formal, visando a promoção e mudança de comportamentos e atitudes pró-ambiente. É importante perceber como é que é feita esta aproximação e como se interpenetram estas duas formas de educação, uma vez que, embora os seus objetivos e métodos de trabalho sejam diferentes, complementam-se no sentido da educação global dos indivíduos.

Deve-se portanto promover  a compreensão dos problemas socioambientais em suas múltiplas dimensões, construindo processos de aprendizagem significativos  atuando no cotidiano escolar e não escolar.


Acadêmicos:
Gracielly Martins Macedo
Bruna Fernandes
Gabriela Ribeiro
Francisco Martins Smaniotto

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O SUJEITO ECOLÓGICO

A partir da leitura e da apresentação dos seguinte capítulos: Formação do Sujeito Ecológico, o Educador Ambiental e a Epistemologia da Educação Ambiental, pudemos observar a evolução da Educação Ambiental no âmbito contemporâneo, aprofundando assim nossos estudos acerca do tema.

Observamos a interação dos seres humanos com a natureza, como por exemplo, Francis Bacon, que acreditava que a natureza era algo que deveria ser controlado, deveria ser domado, portanto sabemos que esta não é postura correta, devemos respeitar e coexistir com a natureza, pois ela não pode e nem dever ser controlada por nós. Para melhor compreensão da interação homem-meio ambiente, é importante a inserção da Educação Ambiental como algo não isolado e sim em conjunto com as demais disciplinas, pois a Educação Ambiental é algo que deve ser abordado em todas as áreas -não somente em Geografia e Ciências, como é de costume-, pois não trata somente de questões ambientais, ela contribui para a formação de cidadãos críticos em todos os aspectos, o que é muito importante pois a sociedade tenda a alienar os seus constituintes.

O sujeito ecológico possui características específicas tanto em questões sociais, políticas como também ideológicas, é um sujeito ativo e que luta para defender seus princípios e por causas comuns à sociedade. Destoa dos demais indivíduos que seguem o padrão da sociedade atual, na qual é mais importante ter do que ser, pois não seguem tal tendência, possuem estilo de vida diferenciado; o sujeito ecológico se preocupa não somente com questões ambientais mas também com questões gerais, como por exemplo, causas sociopolíticas. É de suma importância criar seres ecologicamente críticos, enfatizando a importância da Educação Ambiental, pois estes seres se tornam seres críticos, de uma forma geral.

Diante da crise socioambiental contemporânea é fundamental que se reflita sobre o processo de ensino e aprendizagem na formação do sujeito ecológico, CARVALHO sinaliza que nos dias atuais a formação do sujeito deve ultrapassar a prática de transmissão de conteúdo e informação, pois o ensino deve promover subsídios para posicionamentos críticos e reflexivos, em que possibilite a atuação cidadã diante dos problemas ambientais.