quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Formação do sujeito ecológico_Ana Rita e Lázara Pollyana e Marco Antonio





          Formação do sujeito ecológico, o educador ambiental e a epistemologia da educação ambiental.
Perfil do sujeito ecológico: precisa ter ética e pensar criticamente a sociedade atual.
       De acordo com CARVALHO, considerando que a subjetividade é um modo de ser no mundo, a noção de sujeito ecológico, esta relacionada ao um modo específico de ser no mundo, em outras palavras, a um "estilo ecológico de ser". O sujeito ecológico designa um ideal ecológico, uma utopia pessoal e social norteadora das decisões e estilos de vida dos que adotam, em alguma medida, uma orientação ecológica em suas vidas.
        Para a autora, como ocorre normalmente, com outros ideais que os indivíduos tomam como modelo para si, nem sempre é possível realizá-los na totalidade da vida diária. O tentar ser um sujeito ecológico certamente se esbarra em vários obstáculos. Alguns deles são provenientes do fato de que a sociedade ainda não é tão ecológica e nem sempre estimula, através de políticas públicas, um estilo de vida ecológico (ausência de coleta seletiva, poucas alternativas de transporte público, poucas redes de alimentação orgânica, pequena produção agro ecológica etc.). Outros obstáculos são derivados das contradições dos ideais de que as pessoas são portadoras. Um bom exemplo é na valorização da rapidez, da velocidade de resposta, e de ação, virtudes associadas à eficiência e a produtividade no trabalho, inclusive no trabalho social e na militância.
      CARVALHO faz uma análise crítica na qual enfatiza que há, na sociedade, pessoas e grupos que absolutamente não se identificam com os apelos de uma existência ecológica. Para estes os idéias preconizados pelo sujeito ecológico podem ser vistos como ingênuos, anacrônicos, pouco práticos, malucos, enfim, de alguma forma não reconhecida como norteadores do que consideram uma vida desejável.
        O educador ambiental, ao mesmo tempo que está imbuído de uma subjetividade ecológica é um ativo produtor desta subjetividade, na medida que forma pessoas para uma vida ecologicamente orientada.O educador ambiental, dessa forma, promove o projeto identitário do sujeito ecológico.
     Para CARVALHO, ao tentar alinhar seus posicionamentos políticos, opções individuais e atitudes pessoais e interpessoais com os ideais de um sujeito ecológico, o educador ambiental assume o desejo e o compromisso de uma certa consonância entre sua vida e sua causa, tornando sua vida pessoal uma espécie de laboratório de aprendizagem da sociedade ideal.
       Ao longo do tempo a educação vem sendo compreendida como um processo histórico de criação e elaboração do homem para a sociedade e, da conseqüente modificação desta sociedade pelo homem para seu próprio benefício. Vista sob este paradigma temos um processo educativo que gira em torno do próprio ser humano, ou seja, uma visão antropocêntrica de educação e de sociedade.
       Ressalta-se contudo que a educação constitui-se em um instrumento valioso através do qual o homem poderá potencializar suas capacidades, estabelecer valores e princípios existenciais e, por meio destes, questionar o mundo em que vive e conscientizar-se que não pode admitir um mundo com divisões de classe onde haja opressores e oprimidos.

      Sabendo-se que a transformação social é lenta, gradativa e difícil é preciso antes de tudo que a ação educativa seja uma ação comprometida com as mudanças, por este motivo é que se sente a necessidade de abordar, problematizar e discutir o papel do professor.  O processo de ensino não é mera transferência de conhecimentos é também encaminhar para a conscientização através do testemunho de vida, por isto o papel do professor deve refletir uma postura político-pedagógica reivindicadora de uma sociedade humana, fraterna e ética e que, contudo saiba utilizar dos recursos naturais de forma racional e comedida.   











terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sujeito e Meio ambiente

Diante dos trabalhos apresentados pelos colegas em nossos encontros podemos destacar alguns aspectos. Há várias áreas em que se pode ter atuação no sentido de ser reconhecido como sujeito ecológico. Existe o sujeito ecológico em sua versão política, em sua versão de gestor social e em várias outras formas de atuação. O importante é que essencialmente o sujeito ecológico deve ser uma pessoa ética e pensar de forma crítica a sociedade atual. Deve ser utópico, porque na verdade o que move o mundo são os sonhos, mesmo que a utopia possa não ser alcançada outros objetivos além destes podem se tornar realidade. Devemos ter utopia de querer viver em uma sociedade ecológica plena.
De acordo com apresentação e reflexões que fizemos chegamos a conclusão de que o ser humano não é feliz. Isto se deve ao sistema em que vivemos: o capitalismo. Desde crianças somos induzidos ao consumo e até o momento da morte é o que nos impulsiona. Estudar para trabalhar; trabalhar para ganhar dinheiro; e ganhar dinheiro para consumir. E com isso se pensa apenas na produtividade material, a exploração do meio ambiente não tem limites porque se visa apenas o lucro.
Nesse sentido podemos perceber a grande dificuldade na formação do sujeito humano a modo de lhe mostrar a forma como devemos compreender e conviver com a natureza, enfrentando desafios no mundo onde vivemos. Professores encontram e encontrarão um grande desafio para transmitir a seus alunos uma visão crítica e ecológica do mundo em que vivemos.
Quanto ao sentido de cultura podemos observar também que existem várias formas que contemplam essa palavra, não tendo distinção quanto a sua relevância. Todas as culturas tem igual valor e importância para a sociedade, devendo ser igualmente respeitadas. E diante de todas as culturas devemos compreender a forma de convívio de cada uma delas com a natureza.







Uma historia social das relações com a natureza

Conforme a aula ministrada pela professora Jordanna, foi apresentado a importância de considerar historicamente as questões ambientais para que não se ignore os diferentes modos de compreensão e o significado humano no ambiente. O tempo esta diretamente ligado a questões ambientais, sendo este de curta duração tratando de todos acontecimentos dentro de um horizonte histórico recente e o de longa duração se tratando de tudo aquilo que antecede com um contexto histórico mais abrangente. Estas questões sãoq utilizadas para entender e encontrar o presente entre os sujeitos humanos e a natureza.
A visão da natureza como domínio selvagem, estabeleceu-se a crença de que o progresso da humanidade seria medido pela capacidade de dominar e submeter a este mundo, situando o homem como centro do universo. Essa maneira de se enxergar o mundo, somente mudou no século XVIII quando na Inglaterra devido a revolução industrial se evidenciou os efeitos da deterioração do meio ambiente e da vida nas cidades, gerando uma sensibilidade nas pessoas que levavam estas a valorização das paisagens naturais, sendo esta cultura fortalecida com outro movimentos como o romântico europeu.

Na apresentação também foi  destacado Rousseau, pensador do século XVIII que realizou a conexão entre as novas sensibilidades e a parte pedagógica, buscando passar o conhecimento da natureza para as pessoas. O pensador valorizou a natureza como dimensão formadora do humano e da vida, entendida pelos sentimentos e ensinando aos humanos. Todos nós vivemos imersos em uma serie de sentimentos culturais e históricos construídos por dialogo com gerações que nos antecedem por séculos, onde esta herança seria a língua a qual já existe quando nascemos e utilizamos ela para nos ordenar no mundo e na natureza. E ai em que se surge a Educação Ambiental, onde esta tem a oportunidade de problematizar os interesses e forças sociais em torno das questões ambientais, abrindo novas possibilidades de compreender o problema ambiental, fortalecendo a sensibilidade ecológica e certos valores que vão contribuir para uma sociedade ambientalmente sustentável.



Discentes:
Eula Abreu
Gustavo Justino
Janaina Prado
Jean Michell
Lillian Cristinne
Thais Telles

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O modo individual e as possibilidades

O sujeito ecológico é o modo ideal de ser e viver orientado pelos princípios do ideário ecológico. Ou seja, é um ideal que condensa a utopia de uma existência ecológica plena e implica em uma sociedade plenamente ecológica. Vai se constituindo como um parâmetro orientador das decisões e escolhas de vida que os ecologistas, educadores ambientais e as pessoas que aderem esses ideais vão assumindo e incorporando, buscando experimentar essas atitudes e comportamentos ecologicamente orientados.
Nesse sentido, o sujeito ecológico é um sujeito ideal que sustenta a utopia dos que creem nos valores ecológicos, tendo, por isso, valor fundamental para animar a luta por um projeto de sociedade, bem como a difusão desse projeto. Porém, isso não significa imaginar esse sujeito ou grupo como completamente ecológico em todas as esferas de suas vidas ou ainda como um código normativo a ser seguido e praticado em sua totalidade por todos os que nele se inspiram.
 É importante compreender quais são os valores e crenças centrais que constituem o sujeito ecológico e como é sua orientação de vida, expressando-se de diferentes maneiras.
O sujeito ecológico agrega uma série de traços, valores e crenças, e poderia ser descrito em facetas variadas. Na versão política poderia ser apresentado como sujeito heroico, vanguarda de um movimento histórico, herdeiro de tradições políticas de esquerda, mas protagonista de novo paradigma  político-existencial. Na versão Nova-Era, é visto como alternativo, integral, equilibrado, harmônico, planetário, holista. A versão Gestor social, supõe-se que partilhe de uma compreensão política e técnica da crise socioambiental, sendo responsável por adotar procedimentos e instrumentos legais para enfrentá-la, por mediar conflitos e planejar ações.
Deve ser sujeito crítico à ordem social vigente que se caracteriza pela produtividade material baseada na exploração ilimitada dos bens ambientais, bem como na manutenção da desigualdade e da exclusão social e ambiental. Ser crítico ao acúmulo de bens materiais, no qual vale mais ter do que ser, no qual a crença na aceleração, na velocidade e na competitividade sem limites tem sido o preço da infelicidade humana, da desqualificação e abandono de milhões de pessoas.
O ecologismo nasceu criticando a aposta no progresso ilimitado tanto do ponto de vista de duração e da qualidade da existência humana quanto da permanência dos bens ambientais e da natureza em que convivemos. Nos tempos atuais não há o clima revolucionário de “acreditar poder mudar o mundo” das décadas de 60/70, as quais deram origem ao ecologismo.
O clima social atual é outro, as utopias política não estão tão em alta no Ocidente, os grupos e as pessoas talvez não acreditem tanto em sua capacidade de mudar as coisas, e temem mais o futuro. Em tempos de desesperança com os sistemas políticos e institucionais, a questão ambiental, é, talvez, uma das esferas da vida social que hoje mais reúne esperanças e apostas na possibilidade de mudanças tanto em termos coletivos quanto em termos de estilo de vida e de transformações na vida pessoal.
A existência de um sujeito ecológico põe em evidência não apenas um modo individual de ser, mas, sobretudo, a possibilidade de um mundo transformado, compatível com esse ideal. Os educadores que passam a cultivar as ideias e sensibilidades ecológicas em sua prática educativa estão sendo portadores de ideais do sujeito ecológico.
Assim, a educação ambiental está efetivamente oferecendo um ambiente de aprendizagem social e individual no sentido mais profundo da experiência de aprender. Uma aprendizagem em seu sentido radical, a qual, muito mais do que apenas prover conteúdos e informações, gera processos de formação do sujeito humano, instituindo novos modos de ser, de compreender, de posicionar-se ante os outros e a si mesmo, enfrentando os desafios e as crises do tempo em que vivemos.

        Nos dias de hoje transformamos a natureza em cultura. Assim a educação acontece como parte da ação humana em transformar a natureza em cultura, atribuindo lhe sentidos, trazendo a para o campo da compreensão e da experiência humana de estar no mundo e participara da vida.

       A educação ambiental estabelece como mediação para a múltiplas compreensões da experiência do individuo e dos coletivos sociais em suas relações ambientais. Formar conhecedores de Educação Ambiental é fundamental, assim  preparamos pessoas capacitadas a cuidar do Meio Ambiente e proporcionamos um futuro melhor a população.



Acadêmicos:
Gracielly Martins Macedo
Bruna Fernandes
Gabriela Ribeiro
Francisco



 O ser humano como centro do universo

Situa o ser humano como centro do
universo, denominado pelo ecologismo
como antropocêntrica.


  “O homem como sendo o centro das atenções, tem levado á destruição inconsequente do meio ambiente”.

“O que estava em questão era a domesticação da animalidade, a natureza das funções corporais, era preciso construir um mundo onde se vivesse como se isso não existisse”.

A cidade, contrapondo da natureza selvagem, então se apresentava como o lugar da civilidade, o berço das boas maneiras, do gosto e da sofisticação. Sair da floresta e ir para a cidade era um ato civilizatório.
A paisagem cultivada, nesse período, distinguia-se dos padrões rurais anteriores por suas formas cada vez mais regulares.
De acordo com essa atitude, as montanhas improdutivas foram vistas como desprovidas atrativos físicos. Eram lugar de gente incivilizada.
A natureza foi classificada segundo sua utilidade em suprir necessidades humanas imediatas.






Acadêmicos:
Gracielly Martins Macedo
Gabriele Ribeiro
Bruna Fernandes
Francisco



Educação Ambiental na comtemporeneidade




           

              A partir dos capítulos Um sujeito ecológico em formação e Uma história social das relações com a natureza e O educador ambiental e as leituras da natureza do livro Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico pudemos aprofundar nossos conhecimentos acerca da educação ambiental na contemporaneidade. Notamos que a conceituação latente nos dias de hoje a respeito da importância do meio ambiente para a vida saudável, tão difundida no século XXI é consequência de um movimento oriundo da visão de, entre outros filósofos, Rousseau onde no século XVIII difundiu a ideia da natureza em seu estado puro era benéfica ao homem. Essa ideologia era renegada no advento da revolução industrial em que as terras inapropriadas para o cultivo eram condenas, a cidade era o lugar de florescimento em contrapartida com o atraso arraigado a vida rural.
            A industrialização trouxe muito avanços para o Mundo, principalmente para a Inglaterra no século XVIII, no entanto trouxe também vários males como a concentração desorientada de espaços urbanos causando com isso a propagação de doenças físicas e psíquicas da população fabril porque a rotina de trabalho ligada as condições inexistentes de execução dele eram muitos distintas da que eles, camponeses recém-chegados a fábricas se deparavam, com isso segundo informações do livro houve um percentual grande de suicídios oriundos da relação dos trabalhadores com as exigências das linhas de produção das fábricas.
            É interessante destacarmos que nessa época, século XVIII “a experiência urbana condensava violência social e degradação ambiental” sendo essas ações segunda a ideologia propaganda nesse período normais para se ter um desenvolvimento econômico. Essa questão pode ser bem criticada na atualidade, mas não podemos ser utópicos ao ponto de acreditarmos que esse discurso ideológico é inexistente no século XXI, há sim muitas fábricas que ainda exploram a mão de obras de seus funcionários e degradam o meio ambiente sem uma política de sustentabilidade. A própria mão de obra dos trabalhadores oriundos de regiões economicamente mais castigadas é usada para abaixar os custos de fábricas do grande centro fabril do Brasil, por exemplo. Há um discurso que não corresponde a realidade, uma vez que para atender normais regulamentativas as empresas se resguardam, principalmente diante de visitas de vistorias, mas no dia a dia continuam contaminando rios, e o ar para citar somente alguns pontos de contaminação.
            Com relação à formação do sujeito ecológico sua faceta pode está ligada a três aspectos distintos, sendo a de gestão social a que mais se defende na atualidade, uma que vez estamos imersos em tempos de produção, sobretudo porque estamos na era política do neoliberalismo onde os mercados romperam barreiras e com isso a produção não pode ser diminuta em detrimento a conservação dos meios naturais. Desse modo, a faceta do sujeito ambiental ligada à gestão caracteriza-se por preservar o desenvolvimento de forma sustentável.
            Salienta-se também que a educação ambiental nos dias atuais é um ponto no qual as comunidades trucidadas pelas políticas internacionais de comercio e gerenciamento político agrupa grupos com um fim em comum, pois é uma esfera na qual as mudanças se tornam mais palpáveis para cada individuo membro de uma comunidade macro.
            Diante desses pontos destacados, saímos mais convictos que a educação ambiental possui uma importância fundamental para as comunidades, uma vez que propõe a formação de um sujeito ecológico que saiba se interligar ao desenvolvimento, mas que saiba também respeitar o ambiente do qual ele é parte integrante é importantíssimo. Entendemos também que houve um percusso histórico no qual a construção desse sujeito ecológico se pauta, uma vez que ele também é colocado sob um foco protagonista na discussão sobre o meio ambiente. Nessa perspectiva, o homem deve ser respeitado da mesma forma que se deseja respeitar o ambiente naturalista.

Alunos: Lázaro Eduardo Leal, Átila, Marjorie, Idelson, Dayane Maria.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013



  HOMEM: DESCOBERTAS E EXPLORAÇÃO

   A busca do conhecimento sobre a geologia fez com que homens escalassem montanhas desafiando a natureza, buscando através de coleta de rochas e outros materiais novos conhecimentos e desafios para a ciência.

   O espaço natural representava o desafio, o perigo, o meio a ser desbravado, o campo da pesquisa. Essa época de conquista, de aventura, de descobertas, a modernidade, inaugurada nesse período entre as grandes navegações e a Revolução Francesa, é também a época de uma nova mirada humana aos eventos naturais, a própria natureza.

  Com o surgimento da cidade moderna e novas regulamentações regendo o convívio dos habitantes da nova polis, teve inicio a estruturação do processo de cidadania com base em um novo contato social. O problema com o meio ambiente começou desde que o homem começou a se agrupar em torno de espaços comuns.
 Com a busca de novos conhecimentos e descobertas o homem começa a explorar a natureza e destruí ela mesmo sem perceber, mais nos dias de hoje estas consequências estão mais fácil de se ver.

O meio Ambiente tornou se o alvo do homem, e aos poucos tudo ira se acabar, a água, os animais, as plantas, o ar cada vez mais poluído etc.



Acadêmicas:
Gracielly Martins
Gabriele Ribeiro
Bruna Fernandes



Ana Rita Rodrigues Terra, Lázara Pollyana Freitas e Marco Antonio Martins (Modernidade: Época de Conquistas, Aventuras e Descobertas)

A modernidade, época de conquistas, de aventuras, de descobertas, inaugurada no período entre as Grandes Navegações dos anos 1400 e 1500 e a Revolução Francesa, é também a época de uma nova mirada humana aos eventos naturais, à própria natureza. O espaço natural representava o desafio, o perigo, o meio a ser desbravado, o campo da pesquisa.
Com o surgimento da cidade moderna e novas regulamentações regendo o convívio dos habitantes da nova polis, teve início a estruturação do processo de cidadania com base em um novo contrato social. Foi com o advento da modernidade e do surgimento do modo de produção industrial que ocorreu o progresso científico, o crescimento da mobilidade pessoal, o crescimento da produção industrial e a ampliação dos assentamentos humanos.
A partir desse momento o ser humano se via compelido a organizar-se em novas estruturas físicas, concentrando-se em áreas menores e tendo de conviver com um volume maior de seres humanos, os espaços naturais começavam a receber uma atenção especial. A natureza passava a ser vista não apenas como um lugar a ser conquistado, mas como um lugar de relação humana, onde o ser humano pode descansar, distanciando-se da nascente neurose urbana.
O crescimento do interesse pela história natural revelou muito sobre as conseqüências da relação de exploração do homem com a natureza. A descoberta, a exploração e a colonização de novas terras possibilitaram a abertura de espaço para constituição e esboço da mentalidade ambientalista.
Ressalta-se entretanto que o movimento ambientalista nasce na década de 60, período no qual ocorreram grandes movimentos, como o dos hippies, a explosão do feminismo, o movimento negro - Black Power -, o pacifismo, a liberação sexual e a “pílula”, as drogas, o rock-and-roll, as manifestações anti-Guerra Fria e a corrida armamentista/nuclear, e anti-Vietnã. O grande emblema, a chave desse momento, foi o maio de 68, em Paris – as chamadas “barricadas do desejo”.
Pour une planete plus bleu era o slogan, a palavra de ordem, a frase-chave do movimento, “Queremos um planeta mais azul”.
No Brasil, vivíamos tempos de regime militar, censura AI -5 ocorriam mobilizações estudantis, guerrilhas, greves, efervescência acadêmica, os CPCs da UNE. Paulo Freire com seu revolucionário método de alfabetização de adultos e a Pedagogia do Oprimido. Surgiam o teatro de José Celso Martinez, Chico Buarque e Tomzé, Chacrinha, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, os Novos Baianos, os Parangolés de Hélio Oiticica, o tropicalismo- uma espécie de “guerra contra a cultura oficial, de consumo fácil”.
1968 foi o ano que os “velhos esquemas” foram colocados em dúvida, em discussão, e até mesmo ridicularizados.
De acordo com Hobsbawn:
 “O que 1968 trouxe à tona foi a extraordinária aceleração das transformações sociais das décadas posteriores a 1945, que os historiadores vão reconhecer como as mais revolucionárias da história mundial.”
É nesse caldo de cultura que surge o ambientalismo. É na convergência de todos esses pontos que surge o ambientalismo. O movimento ambientalista foi um produto de forças tanto internas quanto externas a seus objetivos imediatos. Os elementos de mudança já vinham emergindo muito antes dos anos 60; quando finalmente se entrecruzaram uns com os outros e com fatores sociopolíticos mais amplos, o resultado foi uma nova força em prol da mudança social e política.
O ambientalismo não é tão somente uma leitura da realidade ecossistemática, ou da ecologia, ou dos parâmetros biológicos da existência humana e natural. O ambientalismo carrega consigo elementos revolucionários que trazem consigo a marca dos movimentos ditos minoritários e alternativos.
O primeiro grande texto a respeito das questões ambientais e dos limites para o desenvolvimento humano foi publicado em Roma, em 1968, intitulado Os limites do crescimento, amplo estudo sobre o consumo e as reservas dos recursos minerais e naturais e os limites de suporte/capacidade ambiental.
Em 1972, em Estocolmo, na Suécia, realizou-se a Primeira Conferência Mundial sobre Meio Ambiente Humano e Desenvolvimento, que adotou, mediante a Declaração de Estocolmo, um conjunto de princípios para o manejo ecologicamente racional do meio ambiente.
Em 1977, realizou-se em Tbilisi, na Geórgia, o Primeiro Congresso Mundial de Educação Ambiental, sendo apresentados então os primeiros trabalhos que estavam sendo desenvolvidos em vários países.
Em 1987, algo de novo pairou no ar, com a publicação de Nosso futuro comum. E a realização da Conferência Internacional sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, a Rio-92, marcaria uma profunda mudança nos paradigmas que orientam a leitura das realidades sociais e dos problemas que envolvem a produção e o consumo de bens e serviços. Com a Conferência de 1992, o planeta passou a ser mais olhado, e de maneira diferente.
Um grupo de intelectuais reunidos em Lisboa elaborou um trabalho envolvendo questões contemporâneas, como desenvolvimento, produção, globalização. O grupo de Lisboa produziu o excelente Os limites da competitividade - um dos mais recentes documentos com uma reflexão e análise das questões econômico-ambientais que tocam o mundo contemporâneo. O trabalho realizado pelo grupo de Lisboa indica o fim de um modelo hegemônico, na medida em que sugere, mediante a cooperação, que os países desenvolvidos assumam um papel internacional – autocrítico - com o objetivo de criar alternativas de crescimento internacional pactuado, enveredando suas políticas para momentos articulados de cooperação global.
De acordo com as leituras realizadas e temáticas dinamizadas pelos grupos, chegamos à conclusão que essa disciplina só vem a somar sua produção riquíssima de conhecimento a nossa bagagem acadêmica, valores e princípios que levamos para a vida inteira, é muito interessante se atentar ao fato que os conteúdos dos diversos cursos oferecidos pela universidade em algum momento se entrecruzam ao longo da história não estamos isolados, a história como sendo um processo nos permite avançar sempre em nossas descobertas e realizações.













Referencias

HOBSBAWM, Eric. Tempos Interessantes. São Paulo: Cia.das Letras, 2002. 

www.google.com.br/search?q=modernidade